segunda-feira, 2 de maio de 2011

Ciclo Hidrológico

O Ciclo Hidrológico é a descrição do comportamento natural da água em volta do globo terrestre. Essencial para o desenvolvimento da vida na Terra,é composto de três fenômenos principais: evaporação para a atmosfera, condensação em forma de nuvens e precipitação, mais freqüentemente em forma de chuva, sobre a superfície terrestre, onde ela se dispersa sobre as mais variadas maneiras, de acordo com a superfície receptora, escoando sobre a superfície, infiltrando-se e/ou evaporando-se.
A cada ano, a energia do Sol faz com que um volume de aproximadamente 500.000 Km3 de água se evapore, especialmente dos oceanos, embora também de águas e rios. Essa água retorna para os continentes e ilhas, ou para os oceanos, sob a forma de precipitações: chuva ou neve. Os continentes e ilhas têm um saldo positivo nesse processo. Estima-se que eles “retirem” dos oceanos perto de 40.000 Km3 por ano. É esse saldo que alimenta as nascentes dos rios, recarrega os depósitos subterrâneos, e depois retorna aos oceanos pelo deságüe dos rios .
No ciclo da água o sol tem papel fundamental, pois faz evaporar, através das radiações solares, a água dos rios, dos lagos, dos oceanos e de todos os seres vivos. Com a evaporação, formam-se as nuvens, e das nuvens as águas retornam na forma de precipitação (chuva), trazendo gás carbônico, nitrogênio e outras substâncias fundamentais à vida dos seres vivos. Ao atingir o solo, uma parte infiltra-se no mesmo promovendo a recarga das reservas freáticas e a re-hidratação do solo, ou seja, dos depósitos de água disponível para a vegetação terrestre e para as atividades biológicas. Outra parte escoa para os rios, lagos e oceanos. (Negreiros, 2002)
Para Barros (2007) a quantidade e a qualidade dos recursos hídricos, em condições naturais, dependem do clima e das características físicas e biológicas dos ecossistemas que a compõem. A interação contínua e constante
entre a litosfera, a biosfera e a atmosfera, acabam definindo um equilíbrio dinâmico para o ciclo da água, o qual estabelece em última análise, as características e as vazões das águas. Esse equilíbrio depende, entre outros das quantidades e distribuição das precipitações; do balanço de energia (a quantidade da água que é perdida através da evapotranspiração, da energia solar disponível, da natureza da vegetação e das características do solo); da natureza e dimensão das formações geológicas (controla o armazenamento da água no solo, no subsolo e determina o fluxo de base dos afluentes e do canal principal); e, da vegetação natural que cobre a área (controla o balanço de energia, a infiltração da água, a evapotranspiração e a vazão final).
Ainda a Autora dessa forma, qualquer modificação nos componentes do clima ou da paisagem alterará a quantidade, a qualidade e o tempo de resistência da água nos ecossistemas e, por sua vez, o fluxo da água e suas características. Assim, há que se conservar e preservar a água existente no planeta.




Figura 1 -Principais fases do ciclo hidrológico
Fonte: http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/Agua01.html

Pelo ciclo hidrológico circula o maior fluxo de material do planeta. Existem cerca de 1,4 bilhão de km³ de água do planeta e a grande maioria deste volume se encontra nos oceanos. Apenas 3% do volume total de água é doce o suficiente para o consumo humano e irrigação, sendo que dois terços disso ficam congelados nos polos. A energia solar impulsiona o ciclo hidrológico global movendo aproximados 425 mil km³ de água dos oceanos para a atmosfera em processos determinantes para os padrões climáticos da Terra. O sol tem papel fundamental também no fornecimento da água que mantém a vida nos ecossistemas continentais. A maior parte desta água, 385 mil km³ retorna aos oceanos na forma de chuva. Outra parte, cerca de 110 mil km3/ano, se precipita sobre os continentes onde os rios, lagos e outros corpos hídricos superficiais comportam menos de 0,01% de toda a água da Terra. Aproximadamente 40 mil km³ desta água é drenada de volta ao mar pela ação da gravidade através de rios e aqüíferos (Speidel & Agnew, 1982; L’Vovich, 1973; Schwarz et al., 1990 in Souza e Moulton). Em seu retorno para o oceano, esta água transporta materiais, define a paisagem e sustenta a maioria dos ecossistemas terrestres, dulcícolas e estuarinos do planeta.
Devido ao acesso mais fácil, as formas mais importantes de armazenamento de água doce para o uso da humanidade e dos ecossistemas são rios, reservatórios e lagos, que representam apenas 0,27% do volume total de água doce da Terra, 93.100 km³. Entretanto, a contribuição de um único componente do ciclo hidrológico para a circulação global de água não depende apenas do volume estocado, mas, em grande parte, do seu período de renovação. Verifica-se que o período para a renovação da água em determinados meios varia consideravelmente e, como a água dos rios tem um tempo de permanência muito curto em relação aos outros reservatórios, ela favorece substancialmente a elevação da taxa de renovação da água através do ciclo hidrológico. (Setti, 2000)
O mesmo autor relata que o mesmo ocorre com o armazenamento da água na atmosfera, que é de aproximadamente 8 dias, isto é, no prazo de uma a duas semanas, a água que sobe à atmosfera retorna à superfície da Terra, podendo reabastecer o fluxo dos rios, a umidade do solo, as reservas de água subterrânea, ou cair diretamente nos espelhos líquidos dos lagos, oceanos e outros reservatórios, renovando as suas reservas e melhorando a sua qualidade à medida que proporciona a diluição de seus constituintes.





Figura 2 - Ciclo hidrológico médio anual da Terra (Adaptado de Shiklomanov, 1998; In: Setti, 2000).


Onde:
PC = precipitação nos continentes;
EvtC = evapotranspiração nos continentes;
ESS = escoamento superficial;
ESB = escoamento básico ou subterrâneo;
Po = precipitação nos oceanos;
Eo = evaporação nos oceanos.

Portanto, observa-se que anualmente, cerca de 119.000 km³ de água são precipitados sobre os continentes, dos quais aproximadamente 74.200 km³ evapotranspiram retornando à atmosfera em forma de vapor, 42.600 km³ formam o escoamento superficial e 2.200 km³ formam o escoamento subterrâneo. Assim, esses 42.600 km³ constituem, em média, o limite máximo de renovação dos recursos hídricos em um ano. Efetuando-se o balanço das informações contidas na Figura 2, nota-se que o ciclo hidrológico é realmente um sistema fechado. Dos 119.000 km³/ano precipitados sobre os continentes, 74.200 km³/ano (62%) retornam à atmosfera e 44.800 km³/ano (38%) escoam até os oceanos. Por sua vez, nos oceanos, o volume precipitado é de 458.000 km³/ano, enquanto a evaporação é de 502.800 km³/ano, o que gera um excedente de vapor d’água na atmosfera de 44.800 km³/ano. Portanto, nota-se que o volume de água que escoa dos continentes para os oceanos é igual ao valor que retorna dos oceanos para os continentes em forma de vapor d’água, fechando o ciclo. (Setti, 2000)
Com rios renovando-se tão rapidamente, a humanidade tem acesso não somente aos cerca de 2.100 km³ de água estocados nas suas calhas, mas também aos valores correspondentes às suas descargas líquidas globais de longo período.
Com a utilização dos dados hidrológicos existentes, têm-se realizado estimativas do volume médio anual de todos os rios do mundo, representando a soma dos recursos hídricos superficiais da Terra. Esse volume é utilizado como o limite máximo de consumo da água no mundo em um ano (OMM/UNESCO, 1997 in: Setti, 2000).

Autor:
Prof° Esp. Glauber de A. L. da Anunciação



Referência Bibliográfica

Barros, Fernanda. G. N.;Amin,Mário.M.Água:um bem econômico de valor para o Brasil e o mundo-2007.Disponível em:
http://www.rbgdr.net/012008/artigo4.pdf Último acesso em:17-01-2011

Negreiros, Dora.H;Araújo.Fernanda .P.“Nossos Rios”.Niterói 2002

Setti, Arnaldo A; Lima, Jorge E. F.W. Introdução ao gerenciamento de recursos hídricos. 2ª ed. – Brasília: Agência Nacional de Energia Elétrica, Superintendência de Estudos e Informações Hidrológicas, 2000.

Souza, Marcelo L; Moulton,Timothy. P.Conservação com Base em Bacias Hidrográficas.
http://www.riosecorregos.com.br/Publica%E7%F5es_arquivos/capitulo.pdf Ultimo Acesso em:17-01-2011

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Ronaldo (fenômeno)

Meu Amigo Vanderson (Marisia) que "mandou" colocar, tá aí filhote.

Renato Mauricio Prado

Pobre menino rico

Quanto vale um sonho? Há fantasias impossíveis, por custos ou questões intangíveis: as amorosas, por exemplo - a bela tenista Maria Sharapova nunca me deu bola! Mas, falando sério, mesmo vivendo num mundo cada vez mais capitalista, ainda há coisas que o dinheiro não compra - como lembra aquela ótima propaganda, antes de arrematar: "para as outras existe cartão de crédito"...
O preâmbulo, claro, é para discutir a questão de Ronaldo Fenômeno e sua opção pelo Corinthians.
Escolha válida, sob o ponto de vista estritamente profissional - embora com deslizes éticos e, acima de tudo, de educação. Mas isso é outra história, que abordarei mais adiante.
Voltemos à questão do sonho. Desde menino, Ronaldo Nazário acalentava o desejo de jogar no Flamengo - time do seu coração.
Quis o destino que do São Cristóvão (onde começou, como amador) se transferisse para o Cruzeiro e de lá para a Europa, onde acumulou fortuna e fama.
Agora, eis que, no apagar das luzes de sua gloriosa carreira, surge enfim a oportunidade de realizar o sonho de menino.
Multimilionário (com mais de 100 milhões de euros na conta, conforme ele próprio gosta de contar) e em recuperação de nova e complicada cirurgia no joelho, que lugar poderia acolhê-lo com mais carinho?
Pois foi, justamente, na Gávea, sede do Flamengo, que Ronaldo iniciou o trabalho de recuperação e reencontro com a bola.
Lá, também, logo no primeiro dia, ouviu do presidente Márcio Braga as boas vindas e a garantia de que, quando resolvesse voltar a jogar o rubro-negro moveria céus e terras para atender aos seus anseios e contratá-lo por salário à altura de seu valor no mercado.
- É só dizer quando você se sentir em condições e a gente discute e dá um jeito! A bola está contigo. Até lá, o clube é seu. Use e abuse - disse Márcio Braga.
- Jogar no Flamengo sempre foi o meu sonho. Ele é o favorito. Está na "pole position" (para acertar a contratação) e eu quero estar muito bem (fisicamente) para merecer vestir a camisa rubro-negra. Decido em janeiro! - anunciou Ronaldo, no "Bem, Amigos", no Sportv, após três meses de treinos.
De lá pra cá, entretanto, o Fenômeno, curiosamente, desapareceu da Gávea.
A mim, explicou que sofrera uma contusão leve, que o impedia de treinar e, por isso, passara a fazer fisioterapia em sua própria clínica.
No Flamengo, as versões foram outras: houve quem falasse em crise familiar (sua mulher estaria querendo voltar a morar em Paris), houve quem desconfiasse que o problema era mais sério - e a possibilidade de encerramento da carreira ganhou força quando, após se arrastar em campo, por apenas 15 minutos, no amistoso beneficente entre seus amigos e os de Zidane, realizado no mês passado, no Marrocos, o próprio Ronaldo (bem acima do peso) se disse em dúvidas sobre o futuro.
Futuro resolvido esta semana, meio de sopetão e sem que o jogador nem sequer tivesse retomado os treinamentos ou a conversa com os dirigentes do Fla.
Detalhe: o dinheiro que Ronaldo vai ganhar no Parque São Jorge (e que dificilmente será assim tão maior do que o Flamengo poderia lhe pagar, com ações de marketing do mesmo teor) não mudará em nada a sua vida - em aplicações banais, com o que já possui, ele fatura, por mês, mais de 1 milhão de euros.
Isto, fora os três contratos de publicidade que ainda tem em vigor e independem de onde jogará (TIM, Nike e Ambev).
Resumo da ópera: por maior que seja o sucesso dos planos corintianos, o resultado final representará uma ninharia perto do patrimônio Fenomenal.
Aí, volto a questão básica. Quanto vale um sonho? Há quem trabalhe a vida inteira para juntar dinheiro e realizar o seu. E o Fenômeno ainda iria ganhar (algo semelhante ao que lhe pagarão agora) para isso.
Mas mesmo não precisando de nem mais um tostão para realizar até as fantasias de suas gerações futuras, Ronaldo abriu mão daquele que dizia ser um dos seus maiores sonhos.
Pobre menino rico! Não conseguiu entender a propaganda: cartão de crédito ele já tem de sobra...
Em tempo: Ronaldo deveria ter sido, no mínimo, educado e agradecido ao Fla a forma como foi recebido e tratado nos meses em que se recuperou na Gávea. Não ter nem sequer dado um telefonema para avisar que recebera uma proposta do Corinthians - e estava estudando aceitá-la - é inexplicável e imperdoável.
Mas, cá entre nós, os dirigentes do Fla também, poderiam ter procurado conversar com o Fenômeno quando começaram a pipocar aqui e ali notícias do interesse corintiano...



Quem vendeu o sonho do Fenômeno? Fabiano Farah, seu procurador desde que os antigos empresários, Reinaldo Pita e Alexandre Martins, foram presos.
Farah foi também o responsável pela ida de Morais, do Vasco, para o Corinthians. Deve ser adorado pelas duas maiores torcidas do Rio...

sábado, 29 de novembro de 2008

NOVAS TECNOLOGIAS: EDUCAÇÃO CIDADANIA E IMPACTOS NO TERRITÓRIO

NOVAS TECNOLOGIAS: EDUCAÇÃO CIDADANIA E IMPACTOS NO TERRITÓRIO
Autor:Glauber de Andrade Lacerda da Anunciação

A Educação Ambiental vem sendo objeto de um movimento internacional iniciado na década de 70,principalmente a partir da publicação do Relatório Meadows, quando os limites do crescimento populacional que coloca a educação ambiental no centro das atenções como principal estratégia contra a crescente complexidade dos problemas ambientais.
Não pretendo neste trabalho focar o “histórico” da educação ambiental, só para que fique claro um pouco de sua trajetória. Em 1970 a Educação Ambiental passou a ser assunto de conferências internacionais sob influências das ações predatórias que a ação do homem vinha exercendo no meio ambiente. De acordo com a resolução CONAMA 306:2002: “Meio Ambiente é o conjunto de condições, leis, influência e interações de ordem física, química, biológica, social, cultural e urbanística, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”
Na conferência de Estocolmo em 1972 que estabeleceu um plano mundial para a Educação Ambiental que apelava que os governos e cidadãos exercessem esforços conjuntos para a preservação e melhoria do ambiente humano para benefícios de todos, a partir de então, o meio ambiente passou a ser o centro das “atenções”.
Em 1977 ocorreu uma conferência intergovernamental sobre a Educação Ambiental em Tbilisi que encerrou a primeira fase do PIEA – Programa internacional de Educação Ambiental- iniciado em 1975 pela UNESCO e pelo programa de meio ambiente da ONU que ocorreu na conferência de Belgrado.
O conceito de Educação Ambiental segundo Loureiro (2002) :

“É uma práxis educativa e social que tem por finalidade a construção de valores, conceitos, habilidades e atitudes que possibilitem o entendimento da realidade de vida e a atuação lúcida e responsável de atores sociais individuais e coletivos no ambiente.A Educação Ambiental por definição, é elemento estratégico na formação de ampla consciência crítica das relações sociais e de produção que situam a inserção humana na natureza”.

Destacamos a lei Estadual de Educação Ambiental número 3325 de 17 de dezembro de 1999 que define a Educação Ambiental como:

“processos através dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, atitudes, habilidades, interesse ativo e competência voltados para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.”

A Educação Ambiental passou por várias problemas, enfrentou inúmeras dificuldades, encontrou milhares de adeptos, ampliou-se de forma madura em um conjunto de práticas educativas.
A educação Ambiental inseriu-se nos discursos dos representantes, e atingiu um “status” de lei capaz de atingir grandes proporções, já que no Brasil a Educação Ambiental se consolidou ao nível de legislação na lei número 6.938 de 1981 que institui a política nacional do Meio Ambiente.

“A Educação Ambiental é apresentada propiciando em todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para a participação ativa na defesa do Meio Ambiente...”

A agenda 21 classifica a educação ambiental em dois aspectos, a formal e a não formal.A primeira é “componente permanente da educação em todos os níveis e modalidades”.A não formal são “práticas educativas voltadas para a mobilização e participação da sociedade e suas organizações, na defesa da qualidade do meio ambiente”.
Em relação às atividades realizadas para valorizar a educação ambiental conta as que são feitas dentro de uma modalidade formal. Buscamos na revista brasileira de educação ambiental (2004) a forma de atuação do governo brasileiro que se mostra em diferentes atuações. O Brasil conta com a presença de órgãos governamentais como articulador, coordenador e promotor de ações que é ainda muito restrita. A dimensão ambiental da educação formal é apresentada como “um corpo sólido de objetivos e princípios, com conteúdos e metodologias próprias” a serem incluídos através do conceito de transversalidade nos currículos educativos e tem sido freqüentemente reduzida ao tratamento de alguns temas e princípios ecológicos nas diversas disciplinas que formam os currículos, ou na geração de ofertas educativas específicas relacionadas com o tema.
A mídia influencia opiniões, constroem opiniões, e até ensinam como se deve viver na relação sociedade – natureza, pois elas ditam o que tem que ser feito, para melhorar (ou piorar) o espaço em que vivem.
Ramos (in Loureiro, 2002) apresenta uma crítica sobre a mídia quando:

“Destaca a existência de uma estrutura que contribui para a consolidação de uma percepção fragmentada e parcial da problemática ambiental.Argumenta ainda que, além do ritmo irregular com que o tema ambiental é veiculado, determinados assuntos e fontes de informação gozam de uma participação superior aos outros: ao longo da pesquisa, quase a metade do material selecionado nos jornais impressos era composta por matérias nas quais a problemática ambiental fora citada de forma superficial;60% das matérias continham informações provenientes de fontes governamentais; o autor detectou ainda a presença de interesses econômicos, com grande destaque para os chamados negócios com produtos de caráter ‘ecológico’.”

A Educação Ambiental segundo Michele Sato (2003) deve ter a característica emergente e interdisciplinar, pois as questões específicas ambientais devem ser tratadas à medida que os alunos se envolvem com elas.Assim os professores são incentivados “a fundamentar uma proposta de teoria e prática da pesquisa que ultrapasse os muros da academia e da sofisticação instrumental, buscando desenhar os alcances alternativos da pesquisa, tomando como base o processo de formação científica e educativa, com o envolvimento das comunidades no entorno escolar, para que a transformação não fique resguardada no interior de uma escola, mas que, fundamentalmente, seja mais ampla e mais participativa.”
O meio ambiente é um bem coletivo que depende das ações individuais, para a melhoria da qualidade de vida, e de jeito nenhum, deve ser usado para interesses econômicos privados que atendam necessidades únicas e sempre para a coletividade.
Sabe-se que não há como acabar com os impactos no espaço geográfico, a partir da construção de hidrelétricas, excesso de asfalto, o lixo, o desmatamento e outros necessários ao desenvolvimento do planeta, porém é importante usar de uma forma mais racional, e aproveitar as novas tecnologias para tentar amenizar os “choques” ambientais decorrente das ações antrópicas. Como exemplo a internet que pode conscientizar para a redução dos impactos e através de redes de relacionamento, jornais online, youtube, mídia, televisão com programas educativos, etc.
Diante desta problemática procuramos desenvolver um trabalho no município de São Gonçalo para conscientizar as crianças com as nossas atividades no sentido de promover o respeito às relações humanas, sociais e a natureza, através de ações educativas que conservam o meio ambiente. Somente com a participação e o comprometimento da população é possível identificar e modificar os problemas ambientais, ou seja, a mudança de atitudes, de hábitos, que são um dos maiores objetivos da Educação Ambiental, pois a escolas e a universidades, por serem pólos irradiadores de conhecimento e de aglutinação da “comunidade”, pode exercer um papel muito importante.

Referências Bibliográficas:



Resolução Conama. Disponível no endereço eletrônico
< http://ambientedomeio.com/2007/07/29/conceito-de-meio-ambiente/> Último acesso 19-09-2008

Piva,Adriana. A DIFUSÃO DO PENSAMENTO DE EDGAR MORIN NA PESQUISA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL. PPG Educação – FaE/UFMG,CNPQ.

Loureiro,C.F.B,(orgs).Educação Ambiental:repensando o espaço da cidadania-2.ed.-São Paulo: Cortez,2002.

http://www.lei.adv.br/3325-99.htm (último acesso 29/08/2008)
Revista brasileira de educação ambiental / Rede Brasileira de Educação Ambiental. – n. 0 (nov.2004). – Brasília: Rede Brasileira de Educação Ambiental, 2004.(p 13-34).

SATO, Michèle; SANTOS, José Eduardo. Tendências nas pesquisas em educação ambiental. In NOAL, F.; BARCELOS, V. (Orgs.) Educação ambiental e cidadania: cenários brasileiros. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2003, p. 253-283.

Diegues, A.C. O mito moderno da natureza intocada.3°edição, Hucitec.

Lucia, V. Barranco Alto: Uma experiência em Educação Ambiental.Ed.ufmt, inep.Cuiabá-MT-2002.